Ao desespero da vida

por Robson Assis | | 1.8.08

Durmo à sombra de minhas crenças
Sonho como molduras vazias
As quais não tenho sabedoria
Solidão, a minha doença.

Um trago de mal grado no cigarro
Para fingir ter algo em comum com a morte
E, quem sabe, se tiver sorte
Me tirem mais esse fardo.

Sou escravo de meus próprios ideais
Quem sabe um dia a vida valha
Desconhecer essa verdade canalha

A culpa que existe em estar vivo
É ser refém num calabouço de renegados
Da verdade absoluta com a qual fomos criados.

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