Cante pro céu
por Robson Assis | tags Crítica | 4.8.08
Um samba de duas notas só, com todos cantando ao redor da mesa, de preferência espantando o pior. A tarde de domingo nos deixa indecisos sobre como agimos por nossas vidas. É a verdade de quem não se contenta apenas com o pó. De novo o dó, na melodia a nota menor. Dizendo sobre amor, cantamos alto em direção ao céu que espera seus malditos réus, os cúmplices natos, heróis abstratos, filhos bastardos. Que refrão ingrato cantava Cartola, o trovador do pessimismo. Óculos na cara e doce fala: "de cada amor tu herdarás só o cinismo". Me traga um gole de esperança nessa mesa cheia, me traga outra cerveja. Abre a roda, que recomece a dança! Cante pro céu como criança. Vamos festejar nossa solidão e dar asas à nossa esperança.
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