Faurisson e a negação ao Holocausto

por Robson Assis | | 23.10.09 COMENTE!

E se, um dia, alguém começasse a desmentir a história da humanidade? Seria levado em cosideração, jogado numa prisão ou exilado de seu próprio país? Sim, dependendo do fato histórico pode ser até pior. Imagine estudiosos que provam a inexistência de Jesus Cristo, ou alguém que diga que os judeus estão extrapolando ao contar as histórias do nazismo. Mentes alienadas preferem não se abrir a idéias novas e diferentes de tudo o que ouviram a vida toda.

Robert Faurisson é um senhor de 80 anos, professor de literatura, empenhado em manter uma teoria: Não existiram câmaras de gás nos campos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo ele, naquele período da história houve a propaganda nazista como todos conhecem, sobre a supremacia da raça ariana e, de outro lado, houve também uma propaganda judia que dizia o contrário. Toda propaganda tem um ponto focal. A de Hitler era a supremcia e a dos judeus a barbárie que estavam sofrendo.

Ele não nega que houve homicídios uma vez que a guerra é obviamente sustentada a partir de chacinas e extermínio, mas ele discorda da idéia de um galpão que exalasse Zyklon B e matasse pessoas aos montes. É adepto ao revisionismo, que é o estudo de reconstrução da história sem se basear no que contam as pessoas que viveram naquela época.

Segue trechos extraídos de uma gravação em que ele fala sobre sua teoria, sobre os revisionistas e como é difícil tentar intervir numa verdade absoluta, segundo ele, implantada.

Agora, vamos para os verdadeiros tópicos. O que é o revisionismo? E o que é que nós, revisionistas, dizemos? O que é que nós afirmamos? O que é que contestamos? O revisionismo é o trabalho de pessoas que acreditam que temos que rever o que é geralmente aceite sobre a Segunda Guerra Mundial. Realmente, esta palavra “revisionismo” já existia nos anos 20. Vinha de pessoas que diziam: "Agora que a guerra acabou entre a Alemanha, a França, a Inglaterra e por aí adiante, temos que nos livrar da propaganda. Propaganda significa mentiras e ódio. E nós temos que tentar estabelecer os factos." E foi por isso que esses historiadores, já chamados na altura de revisionistas, descobriram, por exemplo, que foi totalmente falso que os soldados Alemães cortavam as mãos aos bebés Belgas. Foi uma mentira. E existiram muitas, muitas mentiras desse género que podemos encontrar na Segunda Guerra Mundial. O mesmo tipo de mentiras. Por isso temos que rever. Mesmo quando, às vezes, nem sempre claro, pensamos que existem muitas, muitas testemunhas de algo, temos que confirmar os factos. Não é suficiente dizer ou acreditar que há muitas testemunhas. Temos que encontrar a realidade dos factos.


E esta é a parte mais importante, julgo eu, daquilo que tenho a dizer-vos. É sobre como uma câmara de gás, se tivesse existido, se teria parecido. Muitas pessoas comentem um erro. Elas misturam execuções com gás com deliberados, suicidas gaseamentos ou com os acidentais. Há muitos acidentes com gás. Se quisermos executar alguém com gás é extremamente difícil. Porque queremos matar aquela pessoa e não queremos morrer. Não queremos correr qualquer risco: risco de explosão, risco de o gás escapar da sala e ir para onde estamos, matar-nos ou ficarmos doentes. Então temos uma coisa simples a fazer. Apenas temos que ver o que é e o que foi nos anos 20 ou nos anos 30 uma câmara de gás Americana, numa prisão dos EUA, para executar um prisioneiro com ácido cianídrico. E o Zyklon B é ácido cianídrico. Por isso, por favor, vão aos EUA como eu fiz para visitar uma câmara de gás, ou tentem encontrar documentação sobre isso. E poderão ver como é horrivelmente difícil de executar um homem, somente um homem com ácido cianídrico. O maior e terrível problema são as fugas, isto é, fabricar um local herméticamente fechado. Porque o ácido cianídrico é uma substância que se agarra a tudo. Que ataca tudo. E temos que ter muito cuidado para manter o local, tanto quanto possível, herméticamente fechado, para que não haja perigo para nós próprios.


Se existem ruínas em Birkenau, existe uma coisa normal a fazer. É fazer uma investigação. Porque as ruínas são muito importantes. E este primeiro local de Auschwitz 1 é muito importante. Precisamos de um relatório científico. Como é que um relatório científico nunca foi feito? Nunca ouvi falar de um juízI ou de alguma outra pessoa dizer à polícia, quando há um crime: "Como temos muitas testemunhas, não precisamos de um relatório científico sobre a arma". Mesmo quando a arma é muito usual. Falo de uma pistola ou de uma corda ou de uma faca. Como é que para esta fantástica arma, que nunca ninguém viu ou é capaz de descrever, como é que nunca houve uma investigação dos locais em Auschwitz, Majdanek ou Mauthausen, que supostamente continham câmaras de gás? Não é tarde de mais. Pode ser feito já hoje. Por que é que não o fazem? Acusam a Alemanha. Não há o direito de acusar se não existirem provas. Por que é que recusam um relatório científico? Até hoje parece não existir vontade de fazer uma investigação.


Leia mais em:
Auschwitz, os fatos e a lenda

Entrevista com Prof. Faurisson no jornal Echorouk

[indicação do Diogo, no trampo]

Cinco tipos clássicos de uma empresa comum

por Robson Assis | | 7.10.09 COMENTE!

Você sabe, eles existem. Refletir sobre isso me trouxe uma das melhores after-hours que já tive indo pra casa depois do trabalho. Interessante foi ver que, no fim das contas, cada pessoa se encaixava perfeitamente em um grupo.

COMMITTED
O compromissado. Aquele cara que se predispõe a vir a todos os plantões não para mostrar-se um SUCKER, mas pelo bem de seu trabalho. O que for necessário, ele vai fazer. O que for pedido, ele vai questionar e apontar alternativas. Geralmente, todos os colaboradores passam por uma grande fase committed e nem percebem. Alguns ficam nessa para sempre. Sua baia se torna uma redoma de vidro, um enclausuramento induzido. Caminhando na linha tênue que o separa de um mero puxa sacos.

PCC (Puta Cara Chato)
Aquele colega insuportável que faz do dia de recebimento do holerite um grande show. Cada item descontado é como uma equação matemática e ele geralmente importuna todos os outros perguntando o mitov de todos os descontos, horas extras. Nunca questiona a gerência, deixa sua chatice para os horários coletivos em que biotipos como os ADDICTED e os NEMAI optam por conversar sobre assuntos fora da empresa. Em geral, são os caras que processam a empresa, mesmo sem ter razão, pelo simples fato de que eles são uma empresa e ganham muito dinheiro. Não estão errados, mas são puta caras chatos por falarem isso a todo instante e serem irredutíveis.

ADDICTED
São os dependentes. Aqueles colaboradores que, claramente, estão ali apenas para ganhar seu salário e ir pra casa. NADA MAIS. São metade das pessoas legais da empresa, visto que, ao saírem dali, não vêem motivos para pensar em seus empregos. São pessoas que facilmente aceitariam cargos fantasma, para não trabalhar e receber seus vencimentos no fim do mês. Em parte são COMMITTED, mas existe algo além de se empenhar pelo emprego. Existe uma sublime arrogância com a qual eles negam vir no plantão, pois já tinham marcado aquele futebol ou festa de aniversário que não podem faltar de jeito algum.

NEMAI (Nem aí)
O tipo de pessoal que faz seu trabalho, mas não se incomoda de parar de trabalhar naquele job urgente para discutir teorias conspiratórias insanas ou músicas brega dos anos 80. O tipo de colaborador que dá shift + del nos e-mails importantes da gerência e não se importa de ir mal vestido em reuniões ou ouvir música o dia inteiro, cantar alto e rir de qualquer coisa que lê no computador. Os NEMAI podem ser responsáveis ou não, o fato é que são sempre sarcásticos e inconsequentes. Geralmente são os que armam os churrascos e sítios de fim de semana na empresa e que combinam os happy hours. Sempre têm um bom assunto para falar e são indiferentes com PCCs. No fundo, odeiam e ao mesmo tempo sentem pena dos SUCKERS.

SUCKER
Chupadores de bolas são mais comuns do que se imagina. Existe aquele simples, que puxa saco para manter seu emprego, suas ações tem sempre um quê de ADDICTED. E existem os que levam relamente a sério a parada. Viajar com o chefe se torna algo mais do que uma simples viagem e sim, um grande a alienável jogo de sedução (Muito The O.C e The Office dá nisso). São colaboradores que precisam apenas de um superior para se manterem estáveis. Levam café para o chefe, dão bom dia, perguntam do fim de semana, se mostram dispostos a cultivar uma grande amizade com a chefia e esnobam disso em cima dos outros colegas. Pelo fato de não saberem diferenciar o trabalho de suas vidas pessoais, acabam se tornando PCCs irreversíveis sempre falando dos chefes e das decisões da empresa, mesmo numa mesa de bar, na sexta-feira pós-expediente. Eles se desgarram de todos os outros funcionários comuns para se tornarem um tipo a parte, os escolhidos, embora corram o risco de jamais terem amigos novamente. No fundo, chupar bolas demonstra uma certa coragem.
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E vc, qual o seu tipo?