Os exterminadores de sonhos
por Robson Assis | tags Crítica | 21.7.08
Eles nascem em berços de ouro. São criados por empregadas pobres e, geralmente, negras. O pai empresário, a mãe socióloga. Crescem a acumulam bens de consumo, criam fortalezas em suas próprias vidas. Segurança financeira, como se diz por aí. Levam uma vida desregrada na juventude, sua falta de preconceito reflete também no fato deles não se importam com nada. E viram o jogo. Aos 30, outros filhos, outras gerações, novos berços, Hugo Boss e Bausch&Lomb no batizado do moleque. O mundo gira pelo dinheiro e vai jogando pra fora todos os outros, alheios a este "natural" sentido da vida. Sonhos ultrapassados por dificuldades de sobrevivência, idéias atropeladas por necessidades. Enquanto os exterminadores de sonhos acabam de comprar uma cobertura de luxo no novo shopping da Cidade Jardim.
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