Do outro lado, Bruno Rico e um conto chamado A guerra em primeira pessoa, que expressa e destrincha o sentimento da periferia à sua maneira poética, mas não como aquela carta entregue ao Jornal Nacional. Rico é meu amigo, morador do RJ, compartilha diversas opiniões como a minha sobre música e literatura marginal, além disso, escreveu alguns dos melhores contos que li este ano. Além do blog Sentimento Crítico, que reúne toda sua produção literária, ainda escreve o excelente blog de opinião Mundo do Rap.
Ficamos por aqui, apenas com este trecho do Tao te Ching, escrito chinês de 600 a.C, uma das leituras do mês que veio bastante a calhar:
"o demasiado
o desmesurado
o desqualificado
os que ajudam o soberano pelo curso
esses não violam com armas o mundo
tal ação provoca reação
onde campeiam tropas aí crescem espinhos
após grandes combates sempre anos nefastos
bom é apenas o desfecho
e basta!
não ousar dominar com violência
o desfecho sem apoteose
o desfecho sem repressão
o desfecho sem arrogância
o desfecho porque irremediável
o desfecho sem violência
as coisas reforçando-se caducam
isto se diz: sem curso
sem curso
logo o decurso"
Tao Te Ching, 'O Livro do Caminho e da sua Virtude', Lao Tse
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