Racionais pra tudo
por Robson Assis | tags Internet, racionais, tumblr | 20.7.10 1 Comentário
Visita obrigatória para fãs e ouvintes de Racionais MC's é o Tumblr Racionais pra tudo. O conceito é utilizar frases do grupo de rap relacionadas à imagens inusitadas porque "Pra tudo nessa vida (loka) existe uma rima dos Racionais, sugere a descrição do blog. Irreverente e descompromissado, dá pra perder umas boas horas navegando pelo histórico.
O primeiro livro que li na vida
por Robson Assis | tags corrente, leituras, livros | 8.7.10 4 Comentários
Ontem, no Jornalirismo, encontrei uma bela crítica sobre o primeiro livro que li na vida: O gênio do crime, de João Carlos Marinho. Hoje, lendo meus feeds pela manhã, encontro no blog do Alessandro Martins uma corrente de blogueiros, para falar sobre seu primeiro livro. A corrente foi iniciada no blog da Flávia Durante e segue por aqui.
O gênio do crime é uma história simplista e ficcional, sobre o mercado negro de figurinhas da Copa do Mundo. Os personagens principais são garotos que se transformam em detetives colhendo pistas e procurando pistas, caminhos inversos.
Não foi Flaubert, Jorge Amado ou os Contos de Machado de Assis. Acho que só me apaixonei pela leitura por ter começado a ler como uma criança, para mais tarde me encantar com novas fábulas, outras idéias.
Pra gostar de literatura, pra se apegar aos livros, o que você lê precisa estar em conformidade com seu estado de espírito. Ler todos os clássicos da literatura até a quinta série tem mais poder para criar alunos desinteressados do que para ensiná-los a gostar mais de um livro do que de um programa de televisão.
Meus livros posteriores foram de uma coleção de contos infantis ilustrados de Hans Christian Andersen. Aos 11 anos, queria ler mais, sempre que ia ao mercado com meus pais ficava vendo os livros, na esperança que me comprassem um exemplar do Paulo Coelho (As capas eram demais naquela idade). E, bem, só estou contando isso porque nunca ganhei nenhum livro do mago. Talvez - deixando de lado minha opinião sobre os livros do autor - tenha sido melhor assim. Não me imagino pré-adolescente lendo histórias de ocultismo.
A edição de O Gênio do Crime era emprestada da biblioteca da escola. Lembro de ter ido na Bienal do livro de SP quando pequeno, poucos anos depois. Perguntei - melhor, pedi pra minha mãe perguntar - sobre o livro e, na época, estava esgotado.
Só pude encontrá-lo novamente anos atrás, de passagem, num sebo/banca de jornal, no Taboão da Serra, SP. Estremeci quando peguei a edição tão antiga quanto a que eu tinha lido pela primeira vez. Cena de filme. Mesmo.
***
Seguindo a corrente, convido vocês Leonardo Pollisson, Sandra Camargo, Jessica Balbino, Bruno Rico, Sérgio Vaz e Juliana Cunha que escrevam também um post sobre o primeiro livro de suas vidas.
E vocês, amigos, sintam-se à vontade também para escrever sobre seus primeiros livros! Deixem o link aqui no box de comentários. =)
O gênio do crime é uma história simplista e ficcional, sobre o mercado negro de figurinhas da Copa do Mundo. Os personagens principais são garotos que se transformam em detetives colhendo pistas e procurando pistas, caminhos inversos.
Não foi Flaubert, Jorge Amado ou os Contos de Machado de Assis. Acho que só me apaixonei pela leitura por ter começado a ler como uma criança, para mais tarde me encantar com novas fábulas, outras idéias.
Pra gostar de literatura, pra se apegar aos livros, o que você lê precisa estar em conformidade com seu estado de espírito. Ler todos os clássicos da literatura até a quinta série tem mais poder para criar alunos desinteressados do que para ensiná-los a gostar mais de um livro do que de um programa de televisão.
Meus livros posteriores foram de uma coleção de contos infantis ilustrados de Hans Christian Andersen. Aos 11 anos, queria ler mais, sempre que ia ao mercado com meus pais ficava vendo os livros, na esperança que me comprassem um exemplar do Paulo Coelho (As capas eram demais naquela idade). E, bem, só estou contando isso porque nunca ganhei nenhum livro do mago. Talvez - deixando de lado minha opinião sobre os livros do autor - tenha sido melhor assim. Não me imagino pré-adolescente lendo histórias de ocultismo.
A edição de O Gênio do Crime era emprestada da biblioteca da escola. Lembro de ter ido na Bienal do livro de SP quando pequeno, poucos anos depois. Perguntei - melhor, pedi pra minha mãe perguntar - sobre o livro e, na época, estava esgotado.
Só pude encontrá-lo novamente anos atrás, de passagem, num sebo/banca de jornal, no Taboão da Serra, SP. Estremeci quando peguei a edição tão antiga quanto a que eu tinha lido pela primeira vez. Cena de filme. Mesmo.
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Seguindo a corrente, convido vocês Leonardo Pollisson, Sandra Camargo, Jessica Balbino, Bruno Rico, Sérgio Vaz e Juliana Cunha que escrevam também um post sobre o primeiro livro de suas vidas.
E vocês, amigos, sintam-se à vontade também para escrever sobre seus primeiros livros! Deixem o link aqui no box de comentários. =)
Os livros de junho
por Robson Assis | tags leituras, livros | 7.7.10 1 Comentário
Sandman ed. definitiva vol. 1, Neil Gaiman - Sandman é uma obra de 75 volumes. Neste primeiro livro da edição definitiva, são os primeiros 14 deles. A história do rei dos sonhos. Você termina com vontade de engolir todos os outros. Sandman passeia pelos sonhos, pelo inconsciente, criando medo ou felicidade no mundo dos sonhos de cada ser humano. Não me lembro exatamente o nome, mas tem um capítulo sobre gatos sensacional. A história dos colecionadores de órgãos também é invejável. Embora a mais espetacular de todas seja a do homem que queria ser imortal, seguida daquela sobre a obra Uma noite de Verão de Shakespeare, que, no universo DC, teria sido escrita por Sandman. Tudo num climão sombrio, afinal, Sandman é um personagem gente fina, mas sempre com esse ar misterioso de imortal. Nunca encontrei um quadrinho tão completo em toda minha vida.
Cartas a um jornalista, Voltaire - O livro é dividido em duas partes. Na primeira, elementos do jornalismo da forma que são estudados na faculdade, na outra escritos do autor para jornais de sua época. Interessante como algumas regras ou valores não precisam ser datados. É um livro sobre crítica, como escrever bem uma crítica sobre arte de forma subjetiva e coerente, sem perder foco na narrativa para que seus leitores ainda o aturem. Um livro excelente, que deviam ter me indicado antes. Termina com uma crítica positiva às obras de Delacroix pouco após sua morte. Livro da coleção Voltaire Vive, da editora Martins Fontes. Faltam três.
Cândido, Voltaire - A saga filosófica no melhor dos mundos possíveis. A história envolve ingenuidade e o-mundo-lá-fora, contradições, otimismo exagerado e fuga da frustração. Traz também uma moral sobre causa e efeito de causar arrepios, além da frase chavão do autor "Tudo isso está bem dito... mas devemos cultivar nosso jardim". Um clássico leve, uma saga muito bem feita. Na introdução dizia que foi um dos primeiros contos que tratavam temas filosóficos de maneira aberta e pouco demagoga. Livro da coleção Voltaire Vive, da editora Martins Fontes. Faltam dois.
A Origem da Desigualdade do Homem, Rousseau - O filósofo que disse que o homem nasce bom e a sociedade que o corrompe, falando sobre a natureza, sobre as nuances e falta de entendimento entre o homem selvagem e civilizado, sobre como chegamos a desigualdade no século XVIII e como tudo poderia piorar. Um clássico intocável ou como diz aquele site uma crítica feroz e contundente contra a sociedade moderna e um grito de alerta sobre a exploração do homem pelo homem. O livro é de uma coleção da editora Escala que era vendida anos atrás em bancas de revista por R$ 4,90 cada exemplar. Se alguém souber de alguémque sabe de alguém que tenha, por favor avise no box de comentários.
Persépolis, Marjane Satrapi - Uma auto biografia em forma de graphic novel. O crescimento de uma garotinha numa família progressista do Irã em meio à revolução islâmica. Questões como o uso do véu, a opressão policial e a determinação por um estilo de vida ditado pela revolução são tratadas com maestria pela autora. Enquanto cresce, Marjane vai entendendo o que se passa. Fala de Deus, do Xá, de Marx e Bakunin. Livro leve, fácil de compreender e entrar no clima da história. Difícil de largar desde o começo. A edição da Companhia das Letras apresenta os três volumes compilados.
***
Escrito às pressas, me perdoem, amigos. O lado corporativo da minha vida anda cada vez mais tenso, pra deixar às claras. 24 x 7, tá ligado. Mas vamo aí, como diz a música: "tá com medo de que? Nunca foi fácil, então junta seus pedaços e desce pra arena".
Cartas a um jornalista, Voltaire - O livro é dividido em duas partes. Na primeira, elementos do jornalismo da forma que são estudados na faculdade, na outra escritos do autor para jornais de sua época. Interessante como algumas regras ou valores não precisam ser datados. É um livro sobre crítica, como escrever bem uma crítica sobre arte de forma subjetiva e coerente, sem perder foco na narrativa para que seus leitores ainda o aturem. Um livro excelente, que deviam ter me indicado antes. Termina com uma crítica positiva às obras de Delacroix pouco após sua morte. Livro da coleção Voltaire Vive, da editora Martins Fontes. Faltam três.
Cândido, Voltaire - A saga filosófica no melhor dos mundos possíveis. A história envolve ingenuidade e o-mundo-lá-fora, contradições, otimismo exagerado e fuga da frustração. Traz também uma moral sobre causa e efeito de causar arrepios, além da frase chavão do autor "Tudo isso está bem dito... mas devemos cultivar nosso jardim". Um clássico leve, uma saga muito bem feita. Na introdução dizia que foi um dos primeiros contos que tratavam temas filosóficos de maneira aberta e pouco demagoga. Livro da coleção Voltaire Vive, da editora Martins Fontes. Faltam dois.
A Origem da Desigualdade do Homem, Rousseau - O filósofo que disse que o homem nasce bom e a sociedade que o corrompe, falando sobre a natureza, sobre as nuances e falta de entendimento entre o homem selvagem e civilizado, sobre como chegamos a desigualdade no século XVIII e como tudo poderia piorar. Um clássico intocável ou como diz aquele site uma crítica feroz e contundente contra a sociedade moderna e um grito de alerta sobre a exploração do homem pelo homem. O livro é de uma coleção da editora Escala que era vendida anos atrás em bancas de revista por R$ 4,90 cada exemplar. Se alguém souber de alguém
Persépolis, Marjane Satrapi - Uma auto biografia em forma de graphic novel. O crescimento de uma garotinha numa família progressista do Irã em meio à revolução islâmica. Questões como o uso do véu, a opressão policial e a determinação por um estilo de vida ditado pela revolução são tratadas com maestria pela autora. Enquanto cresce, Marjane vai entendendo o que se passa. Fala de Deus, do Xá, de Marx e Bakunin. Livro leve, fácil de compreender e entrar no clima da história. Difícil de largar desde o começo. A edição da Companhia das Letras apresenta os três volumes compilados.
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Escrito às pressas, me perdoem, amigos. O lado corporativo da minha vida anda cada vez mais tenso, pra deixar às claras. 24 x 7, tá ligado. Mas vamo aí, como diz a música: "tá com medo de que? Nunca foi fácil, então junta seus pedaços e desce pra arena".
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