O rap brasileiro sempre foi contestador. Nunca esteve presente na grande mídia, nunca tocou numa rádio mainstream, mas como sempre acontece, os anos se passam. O Racionais MC's atingiu finalmente fatias de público e méritos antes inimagináveis. Fizeram música com a Nike, seu disco novo é tão ou mais aguardado que o de Roberto Carlos.
Mas os Racionais não são os únicos. MV Bill não fez por menos e estreou o documentário Falcão Meninos do Tráfico, no Fantástico, está envolvido com política, é o último agraciado com a estatueta do VMB na categoria Rap e se tornou pop, apesar de suas letras ainda tratarem temas sociais pesados, como o crime, a mídia e o entretenimento barato proporcionado pela TV. Hoje ele está em grandes programas de TV, jogando feixes de luz na programação dominical. Mas não é sempre que isso dá certo. Repare o que acontece a partir dos 5'34" de vídeo:
Faustão tenta alegar que MV Bill está improvisando e tentar cortar dizendo "ae!" - imagino a placa 'aplausos/euforia' subindo para a platéia - mas quando percebe que chegou o refrão final, ele sai de cena noavmente e deixa rolar.
São as provas de que a televisão está se destruindo de dentro pra fora e que não sabe mais onde está colocando os pés. Não é fácil ouvir umas verdades, diz aí, Faustão?! Próximo convidado: Garotos Podres, no programa da Xuxa, cantando Papai Noel Filho da Puta! #ficaadica
*Não sei de quando é o vídeo, mas vi hoje no Noticiário Periférico.
O patético resumo da semana
por Robson Assis | tags Crítica | 13.11.09 COMENTE!
Semana turbulenta. Só ouvi falar merda. Uma mina vai com um vestido curto e nego faz a revolução na faculdade, no twitter e nas revistas masculinas. O pior de tudo é o debate moral envolvendo o nome da faculdade (se é que isso um dia existiu, tratando-se de instituições particulares), o caráter da garota e a qualidade do ensino no país. Teve um que ficou revoltado com o New York Times dizendo que as brasileiras gostam de usar pouca roupa. Mas bater na porta da Rede TV reclamando das minas de biquini do Pânico ele não vai. Uma canalhice atrás da outra.
E o apagão? Passava das 10 da noite, eu voltava do trabalho, na marginal pinheiros quando vi a cidade inteira escurecer (achei que nunca teria a oportunidade de contar minha história). Ficou claro que o rádio a pilha ainda é útil demais, uma vez que nem os celulares funcionavam direito. Fiquei à luz de velas, ouvindo a Jovem Pan e me servindo de comida descongelada.
Depois a Record. Ahhh, a Record. Em um link ao vivo, aconteceu talvez a maior patacoada da novela Globo x Record. A repórter tentou invadir o espaço e horário cedidos à Globo, na tentativa de falar com o ministro de minas e energia. Os horários estavam acertados, o erro da produção em colocar o link naquele momento e a insistência do apresentador para que a repórter tentasse novamente a entrevista ficaram claros e constrangedores no vídeo. Em processo de decomposição, Roberto Marinho ria um riso maléfico, dentro de seu caixão.
Se seguiu uma série de terror absurda, que culminou na sexta-feira 13 e a batida piada, bem lembrada pelo mal humorado perfil @bomdiaporque: "cuidado, hein?"
E o apagão? Passava das 10 da noite, eu voltava do trabalho, na marginal pinheiros quando vi a cidade inteira escurecer (achei que nunca teria a oportunidade de contar minha história). Ficou claro que o rádio a pilha ainda é útil demais, uma vez que nem os celulares funcionavam direito. Fiquei à luz de velas, ouvindo a Jovem Pan e me servindo de comida descongelada.
Depois a Record. Ahhh, a Record. Em um link ao vivo, aconteceu talvez a maior patacoada da novela Globo x Record. A repórter tentou invadir o espaço e horário cedidos à Globo, na tentativa de falar com o ministro de minas e energia. Os horários estavam acertados, o erro da produção em colocar o link naquele momento e a insistência do apresentador para que a repórter tentasse novamente a entrevista ficaram claros e constrangedores no vídeo. Em processo de decomposição, Roberto Marinho ria um riso maléfico, dentro de seu caixão.
Se seguiu uma série de terror absurda, que culminou na sexta-feira 13 e a batida piada, bem lembrada pelo mal humorado perfil @bomdiaporque: "cuidado, hein?"
Como a web 2.0 mudou a forma de comprar celulares
por Robson Assis | tags Crítica | 12.11.09 COMENTE!
O primeiro celular que vi na minha frente foi um Qualcomm gigante, da minha mãe. Lembro que na época ela pagou quase o preço de uma geladeira e era uma das poucas de suas amigas que tinha o tal aparelho. Não me interessei pois achava um negócio pra velhos e tinha idade suficientemente pouca pra pensar: Quem gostaria de me ligar enquanto eu estivesse na rua?
Hoje, os tempos mudaram e, 15 anos depois, crescemos, eu e a telefonia móvel. Tive a oportunidade de ver passar uma década inteira (anos 90) em que as pessoas se sentiam realmente poderosas e influentes com um celular, mesmo que ele só fizesse receber ligações e enviar mensagens. Nos anos 2000, isso tornou-se obsoleto. Ficou chato quando a classe média começou a tocar seus MP3 em viva-voz dentro do ônibus. E todas as pessoas ainda compravam celulares por conta da beleza e do glamour.
Em tempos de internet participativa, 2.0 e fodona, o conceito de cloud computing, também chamada computação na nuvem, criou a idéia de que você está na internet, mesmo se o seu computador não estiver. E com os smartphones e a internet wi-fi, você tem acesso de qualquer lugar do mundo ao que quiser fazer.
Certa vez, por telefone, avisei via twitter quando meu carro quebrou no meio da marginal pinheiros e tive que me atrasar pro trabalho. A mais nova leitora deste blog, @cintiabesitos, me disse ter pago várias contas via celular, numa semana em que estava em casa, doente. Não é de fato o status de ter um celular charmoso e que te rotule como tal, mas ter um celular com algumas funcionaliadades como GPS e internet, que facilitam o dia-a-dia.
Acabei comprando um Blackberry Curve 8900, um preço acessível pela VIVO, com um plano e pacote de dados invejável que coube em meu bolso. tem funções que nenhum outro celular meu teve, como email, leitor de pdf, GPS e internet 3G. Estou conectado 24 horas por dia, sempre que eu precisar. Parece um simples post publicitário, mas não é. O celular é realmente o que eu precisava e não achava em loja nenhuma e acabei encontrando na VIVO. Ainda vem com um joguinho de poker 'irado'! Cobrinha feelings.
A pergunta, 15 anos depois do Qualcomm da minha mãe, se tornou: como vou comprar um celular em que as pessoas não vão me achar na rua?
Hoje, os tempos mudaram e, 15 anos depois, crescemos, eu e a telefonia móvel. Tive a oportunidade de ver passar uma década inteira (anos 90) em que as pessoas se sentiam realmente poderosas e influentes com um celular, mesmo que ele só fizesse receber ligações e enviar mensagens. Nos anos 2000, isso tornou-se obsoleto. Ficou chato quando a classe média começou a tocar seus MP3 em viva-voz dentro do ônibus. E todas as pessoas ainda compravam celulares por conta da beleza e do glamour.
Em tempos de internet participativa, 2.0 e fodona, o conceito de cloud computing, também chamada computação na nuvem, criou a idéia de que você está na internet, mesmo se o seu computador não estiver. E com os smartphones e a internet wi-fi, você tem acesso de qualquer lugar do mundo ao que quiser fazer.
Certa vez, por telefone, avisei via twitter quando meu carro quebrou no meio da marginal pinheiros e tive que me atrasar pro trabalho. A mais nova leitora deste blog, @cintiabesitos, me disse ter pago várias contas via celular, numa semana em que estava em casa, doente. Não é de fato o status de ter um celular charmoso e que te rotule como tal, mas ter um celular com algumas funcionaliadades como GPS e internet, que facilitam o dia-a-dia.
Acabei comprando um Blackberry Curve 8900, um preço acessível pela VIVO, com um plano e pacote de dados invejável que coube em meu bolso. tem funções que nenhum outro celular meu teve, como email, leitor de pdf, GPS e internet 3G. Estou conectado 24 horas por dia, sempre que eu precisar. Parece um simples post publicitário, mas não é. O celular é realmente o que eu precisava e não achava em loja nenhuma e acabei encontrando na VIVO. Ainda vem com um joguinho de poker 'irado'! Cobrinha feelings.
A pergunta, 15 anos depois do Qualcomm da minha mãe, se tornou: como vou comprar um celular em que as pessoas não vão me achar na rua?
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