Got yourself a Gun

por Robson Assis | | 5.8.09

Ontem, terminei de assistir um seriado incrível da HBO, The Sopranos (Família Soprano). São seis temporadas, a última dividida em duas partes. A série conta a história de Tony Soprano, um ítalo-americano chefe da família de mafiosos de New Jersey. Entre sua depressão, sua constantes visitas à terapeuta e seus negócios ilegais, Tony ainda têm sua mulher e filhos e não abre mão de comandar os churrascos em sua casa, nem dos almoços de domingo.

A série possui um roteiro absolutamente bem escrito, onde tudo passa a se encaixar perfeitamente no decorrer de seus capítulos. Os personagens têm uma essência e uma maneira de se expressar incríveis que realmente não deixa a desejar e confere respeito ao casting pouco famoso, mas muito convincente. Algumas temporadas são impossíveis de ver pela metade, ou não assistir inteira de uma vez (E eu fico pensando até hoje como a galera consegue ver um episódio por semana sem entrar numa neura absurda pelo próximo).

Basicamente, a história confronta as diversas vidas de Tony Soprano. Em sua casa sua mulher e filhos crescem inseguros e sem muita perspectiva sobre o que os aguarda no futuro. No seu trabalho, todas as pessoas que frequentam sua casa. São mafiosos realmente assassinos, impulsivos e de sangue frio, mas também aparecem como amigos que passam tempo juntos e se divertem entre mulheres nuas e bebedeiras no stripclub chamado Bada Bing. Tudo cercado por negócios, extorsão e suborno, como a máfia deve ser. De um outro lado ainda, existe uma família desfragmentada com a morte de seu pai, Johnny S. Sua mãe Lívia, afetada por uma depressão e desistência sobre qualquer tipod e felicidade humana, sua irmã Janice, cheia de interesses por dinheiro e uma vida melhor e seu tio Junior, um velho ranzinza e pouco simpático. Pra fechar a caixa, ele ainda convive com sua terapeuta que por uma ética mais baseada no medo do que na profissão prefere fingir não saber que seu paciente é um mafioso.

Não prestei tamanha atenção à trilha sonora em todas as temporadas, mas a abertura com Woke up this morning do A3 é sensacional. Entre outros nomes de peso, temos Cream, Bob Dylan e a tocante It was a very good year de Frank Sinatra, no começo da segunda temporada.

Não prestei tamanha atenção à trilha sonora em todas as temporadas, mas a abertura com Woke up this morning do A3 é sensacional (abaixo). Entre outros nomes de peso, temos Cream, Bob Dylan e o lendário Frank Sinatra.

Balela e confete à parte, é bastante recomendável para apreciadores da trilogia do Godfather de Mario Puzo e histórias de gangsters/goodfellas - como o autor deste blog. Se você se encaixa numa dessas categorias e pensa em se entregar à trama, acredite: você pode ficar ainda mais fanático com as pequenas e grandes histórias de Os Sopranos.


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