A intolerância. Nosso maldito vício. O ser humano não teria transformado o mundo no que ele é hoje se não fosse esse estado de espírito impregnado em tudo o que caminha nesta Terra. Às vezes não consigo saber se é um estado ou uma condição do espírito. A tiazinha gritando com o cobrador de ônibus, o cara que estraçalha o carro do outro só por ter estacionado na frente de sua casa. Podemos pensar nas guerras, ditaduras e rebeliões, mas disso só lembramos por ser algo grande, polêmico. Não damos valor às pequenas desavenças cotidianas que também fazem parte desta máquina.
Parabéns a nós, que transformamos o mundo num ringue.
Brancos contra negros, negros contra negros, amarelos contra ocidentais, um vice-versa infindável. Sempre acreditei que, no fundo, aquelas brigas de bar sempre carregam um peso sociológico e racial. Mas ninguém ouve, ninguém nunca ouve.
Inimigos, todos nós temos. Vai de você querer ou não levar adiante. A mente do ser humano é complicada de entender. Alguns precisam mostrar o quanto dão duro no trabalho, o quanto se esforçam para pagar a escola dos filhos. Outros precisam provar virilidade, homens e mulheres, gente que arruma confusão por uma trombada, por um olhar torto, mesmo ainda sem motivo nenhum.
Pessoas não se dão bem com pessoas. É um fato e temos de encarar. Por isso vivo no meu mundo e não me importo de ficar em casa sozinho às sextas bebendo qualquer coisa forte para esquecer o mundo de fora da janela.
Eu não tenho esperança em relação à isso. Desenhar um mundo sem maldade é tarefa dos meus sonhos.
Começo a acreditar que a história do mundo é uma história de terror.
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puta idéia chata de domingo de noite, mas acabei de ver dois caras brigando na rua e isso me dá um desânimo monstro.
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